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O ano era 1985 e pelas casas, ruas e festas juninas só se ouvia uma ordem: Prenda o Tadeu! Essa era a frase mais famosa da música da jovem Clemilda, novo nome no cenário musical no estilo Forró.

Clemilda Ferreira da Silva nasceu em Alagoas, no dia 1 de setembro de 1936. Fato que muita gente não sabe, já que viveu por décadas em Sergipe e era considerada sergipana de alma e coração.

Estourou com a música que contava a história de “Tadeu”, que segundo o irmão de uma moça que era donzela, deveria ser preso por se envolver amorosamente com ela e amedontrar as mocinhas da região.

A partir desse ano, Clemilda então participou de vários programas de rádio e TV, como “Clube do Bolinha”, na Bandeirantes, e “Cassino do Chacrinha”, na Globo.

Ao longo da carreira ganhou dois discos de ouro: o primeiro ainda em 1985, já o segundo em 1987, com o disco “Forró Cheiroso”, mais conhecido como “Talco no Salão”, outro grande sucesso.

No cenário nacional aparece como uma das maiores intérpretes do forró brasileiros, junto com artistas como Luiz Gonzaga, Marinês e Genival Lacerda, entre outros.

Clemilda sempre foi reconhecida em Sergipe, onde participava de shows e teve inclusive um programa todo seu por 35 anos na rádio e Aperipê TV. No ano de 2016, o cineasta Isaac Dourado lançou o filme Morena dos Olhos Pretos, documentário sobre a vida e obra da cantora.

FOTO: Governo de Sergipe

Clemilda teve dois filhos, José Adenildo Ferreira da Silva e o sanfoneiro Robertinho dos Oito Baixos, que segue honrando o legado musical e cultural deixado pela mãe.

Clemilda faleceu no dia 26 de novembro de 2014, aos 78 anos, em Aracaju, Sergipe, devido a complicações de um derrame cerebral e pneumonia. Foi sepultada em Aracaju com a presença de centenas de pessoas e personalidades da cultura.

A ASMP reconhece toda contribuição dessa mulher que mesmo sem estar entre nós, ainda alegra os salões de dança com suas músicas  divertidas e emblemáticas.